IRRIGAÇÃO DE PASTAGEM

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



                          IRRIGAÇÃO




   Irrigação é um método artificial de aplicação de água na agricultura, cujo principal objetvo é viabilizar os cultivos nos locais onde a escassez de água limita a atividade  agrícola. A adição de água pode ser feita das seguintes formas: total, suplementar, com déficit hídrico e de salvação, conforme descritas abaixo.
Irrigação total
É quando toda a água necessária para atender a demanda hídrica das culturas é aplicada via irrigação. Deve ser praticada em regiões áridas ou onde a precipitação (chuva) é insignificante. Para o dimensionamento dos projetos, usa-se a maior demanda diária que ocorrerá durante o ciclo da cultura, ou seja, maior demanda hídrica potencial da cultura (ETc = Kc . ETo).


Para o manejo da irrigação, usa-se os valores da demanda hídrica real da cultura (ETr = Ks . ETc), em que Ks é função dos teores de umidade do solo nos ntervalos entre as irrigações.


Para o dimensionamento do sistema de irrigação, usa-se a precipitação provável com 75 ou 80% de probabilidade de ocorrência. Para o manejo da irrigação usa-se a precipitação efetiva ocorrida no intervalo entre duas irrigações consecutivas.





Irrigação com déficit


É quando se planeja atender somente uma fração da demanda hídrica da cultura. 


Pode ser praticada com irrigação total e suplementar, tanto para dimensionamento quanto para manejo da irrigação. O déficit pode ser durante todo o ciclo da cultura ou somente nas fases não críticas ao déficit de água. Neste último caso, obtém-se menores quedas na produtividade potencial da cultura. 


É quando se planeja atender somente uma fração da demanda hídrica da cultura. 

Pode ser praticada com irrigação total e suplementar, tanto para dimensionamento quanto para manejo da irrigação. O déficit pode ser durante todo o ciclo da cultura ou somente nas fases não críticas ao déficit de água. Neste último caso, obtém-se menores quedas na produtividade potencial da cultura.
Fig. 1. Exemplo de relação entre produtividade e quantidade de
irrigação para a cana-de-açúcar.

Fonte: Bernardo et al. (2008).



Irrigação suplementar
Neste tipo de manejo, a água a ser utilizada para atender a demanda evapotranspirométrica das culturas, parte vem da irrigação e parte vem da precipitação efetiva, ou seja, a irrigação suplementará a precipitação efetiva no atendimento da demanda evapotranspirométrica da cultura.
Irrigação de salvação
Neste tipo de manejo, planeja-se irrigar somente num período relativamente curto ou em um estágio do cultivo. Exemplo típico ocorre com a cana-de-açúcar, à qual se aplica, via irrigação, a água de lavagem da cana e/ou água com vinhoto. A aplicação é feita em duas ou três irrigações de 60 milímetros por mês, após o plantio, para cana-planta, ou após os cortes, para cana-soca.
Com a irrigação é possível o suprimento hídrico para que as plantas tenham condições adequadas de crescimento e desenvolvimento (Figura 1).
Aliada à outras técnicas de manejo, a irrigação aumenta a competitividade econômica e agronômica da cultura, elevando a rentabilidade do empreendimento agrícola. A Tabela 1 mostra uma comparação entre diferentes variedades de cana cultivadas em sistema irrigado e de sequeiro.
Tabela 1. Produção de cana-de-açúcar em sistema de sequeiro e irrigado, descrita por diversos autores.
Fonte: Bernardo (2006), adaptada pelo autor.
Irrigação da cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar plantada em regiões tradicionais não tem problemas com falta ou  excesso de água, sendo que somente em áreas de novos plantios é que se faz o uso da irrigação.
Para a cultura da cana, a irrigação pode ser feita de dois modos:
  • irrigação para produção: o objetivo é aumentar a produtividade da lavoura;
  • irrigação de salvação ou complementar: visa o uso da água apenas por um período curto ou estágio de cultivo.
Com a implantação de sistemas de irrigação, há acréscimo na produtividade e no número de cortes realizados durante o ciclo da cultura.


Fatores importantes


Desde que mal conduzida, a irrigação pode provocar efeitos indesejáveis, como: salinização, erosão do solo e assoreamento dos cursos d' água. Para que a irrigação seja eficiente, é necessário observar os seguintes aspectos:
Consumo de água: o produtor deve considerar a variação da necessidade de água, conforme os estágios de desenvolvimento da cana e das condições climáticas locais. Esses cuidados evitam excessos de água na cultura, desperdícios e prejuízos.
Métodos de irrigação:
Irrigação de superfície: a água é aplicada de forma concentrada, em sulcos de irrigação abertos paralelamente às fileiras das plantas (Figura 2). É um método que apresenta baixa eficiência de aplicação de água. É recomendado apenas para situações específicas de solos de textura médio-argilosa e topografia plana.
Fig. 2. Irrigação por sulcos.
Foto: Raffaella Rossetto.
Irrigação por aspersão: a água é aplicada por emissores chamados de aspersores, que possuem bocais, por onde a água é aspergida sob pressão, em forma de uma chuva artificial. Os aspersores são conectados a tubulações de diferentes diâmetros, e estas a uma bomba centrífuga, responsável pela pressurização do sistema. É um método que apresenta uma eficiência de aplicação de água em torno de 70% a 80%. Além da aspersão convencional, são, normalmente, utilizados os sistemas de irrigação autopropelido, linear móvel e pivô central (Figura 3).
Fig. 3. Irrigação por pivô central.
Foto: Raffaela Rossetto.
Irrigação localizada: a água é aplicada de forma localizada, próxima às fileiras das plantas. O sistema de irrigação mais utilizado é o gotejamento subsuperficial, no qual as linhas gotejadoras são enterradas a uma profundidade de 25 centímetros, entre as fileiras duplas das plantas. Apresenta elevada eficiência de aplicação de água - 90% a 95 %. Não possui restrição em termos de textura do solo e topografia do terreno. Com esse sistema, é possível a aplicação de fertilizantes via água de irrigação, reduzindo bastante os custos com mão-de-obra com essa prática. Como desvantagem, apresenta elevado investimento inicial com a aquisição das linhas gotejadoras, tubulações, filtros e acessórios.
Necessidade de irrigação
O Sistema Agritempo (http://www.agritempo.gov.br/) fornece mapas sobre a necessidade de irrigação para todos os Estados brasileiros. São informações coletadas de inúmeras estações meteorológicas espalhadas no País, atualizadas diariamente. Clique na Figura 4 para acessar as informações sobre a necessidade de irrigação para o Estado de seu interesse.

Fig. 4. Necessidades de irrigação, pelo período de três dias.
Fontes consultadas:
BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Viçosa: UFV, 2008. 596 p.
BERNARDO, S. Manejo da irrigação na cana-de-açúcar. Alcoolbrás, São Paulo, n. 106, p. 72-80, 10 out. 2006.



 

Irrigação: sistemas e manejo da uva


A irrigação tem sido utilizada para a videira em diferentes regiões do mundo, principalmente para variedades de mesa. Em regiões áridas e semi-áridas, a irrigação torna-se a principal fonte de água para a cultura, enquanto que em outros locais ela pode ser usada de forma complementar à precipitação pluvial.
Vários sistemas podem ser empregados para a irrigação da videira, dependendo das condições de solo e de clima do local, bem como da disponibilidade de equipamentos e de recursos financeiros. No Brasil, a maior parte das áreas irrigadas com a cultura localiza-se em solos de textura média a arenosa sendo a irrigação realizada, principalmente, empregando-se sistemas sob pressão, como a aspersão, a micro aspersão e o gotejamento.
Irrigação por aspersão
Irrigação por gotejamento
Irrigação por micro aspersão
Eficiência de aplicação
Evapotranspiração da cultura
Manejo da Irrigação
Fertirrigação


Os sistemas por aspersão podem ser do tipo subcopa ou sobrecopa, conforme aplicam água por baixo ou por cima das folhas, respectivamente (Fig. 1). Nos sistemas subcopa há uma interferência dos troncos das plantas nos jatos de água, o que prejudica a uniformidade de distribuição. Os sistemas sobrecopa molham as folhas, aumentando as chances de ocorrência de doenças, além de apresentarem maiores perdas de água devido à evaporação e ao arraste pelo vento. Essas perdas podem ser minimizadas irrigando-se durante a noite. A irrigação noturna, contudo, aumenta o tempo de molhamento das folhas e as chances para o desenvolvimento de doenças.
Figura 1. Aspersores subcopa (A) e sobrecopa (B). (Foto: Marco Antônio Fonseca Conceição)
Deve-se tomar cuidado, também, para evitar aspersores com alta intensidade de precipitação em solos com problemas de infiltração. Isso porque, nessas condições, a água fica empoçada, aumentando as perdas por evaporação e a umidade do ar embaixo da parreira, o que pode prejudicar o controle fitossanitário.
Na aspersão, as vazões e pressões são, normalmente, de média a alta, exigindo motobombas de maior potência e demandando maior consumo de energia em relação ao gotejamento e à microaspersão. Por outro lado, os aspersores não necessitam de equipamentos de filtragem e apresentam uma menor necessidade de manutenção.
Esses sistemas aplicam baixas vazões com altas freqüências, muitas vezes diárias, umedecendo um volume de solo menor do que os outros sistemas, o que reduz as perdas por evaporação. Por outro lado, nesse método, as plantas tornam-se mais dependentes da irrigação, fazendo com que qualquer problema no sistema afete de forma mais acentuada o desempenho da cultura. Os gotejadores (Fig. 2) são bastante suscetíveis ao entupimento, necessitando, normalmente, de filtros de discos (ou tela) e de filtros de areia (Fig. 3 e 4). Tem-se observado a ocorrência de problemas sérios de entupimento nesses sistemas, principalmente quando se utiliza água com altos teores de ferro.
Figura 2. Tipos de gotejadores.( Foto: Marco Antônio Fonseca Conceição)
Figura 3. Filtros e discos (A) ou tela (B). (Fonte: Catálogo Carborundum)
Figura 4. Filtros de areia. (Fonte: Catálogo Carborundum)
Na irrigação por gotejamento, a fertirrigação torna-se praticamente obrigatória, pois, se os fertilizantes forem aplicados em uma região do solo que não estiver umedecida, eles não ficarão disponíveis para as plantas. Esse método permite, por sua vez, que outras práticas culturais possam ser efetuadas durante a aplicação de água, ao contrário da aspersão e da microaspersão.
Os sistemas de microaspersão (Fig. 5) também necessitam de filtros, sendo comum, porém, empregar-se somente filtros de discos (ou tela), não necessitando de filtros de areia. Nesses sistemas, podem ocorrer problemas com a entrada de insetos e aranhas nos microaspersores, prejudicando a aplicação de água. Por isso deve-se optar, sempre que possível, por microaspersores com dispositivos antinsetos (Fig. 5).
Figura 5. Sistema de irrigação por microsapersão em videiras (A) e microaspersor com dispositivo anti-inseto (B). (Foto: Marco Antônio Fonseca Conceição e catálogo Naan/Dan)
Na microaspersão, os emissores são, normalmente, posicionados a cada duas plantas, não havendo problemas de interferência dos troncos como na aspersão subcopa. Os emissores de maiores vazões apresentam menos problemas de entupimento e tempos de irrigação menores, requerendo, contudo, maior custo inicial, por exigirem tubulações de maior diâmetro e motobombas de maior potência. Sempre que possível, as tubulações devem ficar suspensas na parreira (Fig. 5), evitando-se cortes por enxadas ou danos por máquinas e animais.
A eficiência de aplicação (EA) refere-se à relação entre o volume de água disponível para a cultura e o volume aplicado pelo emissor. Pode-se obter altos índices de eficiência empregando-se um dimensionamento correto do sistema, equipamentos adequados e um manejo racional da água. Nos sistemas de aspersão, microaspersão e gotejamento em videiras, os valores de EA variam normalmente de 80% a 90%. Isso quer dizer que entre 80% e 90% do volume de água aplicado ficará disponível para a planta. Se a eficiência for baixa haverá a necessidade de se aplicar um volume maior para compensar as perdas, significando um desperdício de água e energia.
Para se determinar a quantidade de água a ser aplicada na irrigação, deve-se conhecer a evapotranspiração da cultura (ETc), que engloba a evaporação da água do solo e a transpiração das plantas. Logo após a poda, durante os estágios iniciais de desenvolvimento dos ramos, há um predomínio da evaporação da água do solo sobre a transpiração das plantas. Posteriormente, com o desenvolvimento da área foliar, a transpiração passa a exercer o papel predominante no processo.
A ETc é determinada multiplicando-se a evapotranspiração de referência (ETo) da região pelo coeficiente da cultura, denominado Kc (ETc = ETo x Kc). A ETo diária pode ser estimada por diferentes métodos, sendo normalmente fornecida por serviços de meteorologia regionais ligados a institutos de pesquisas ou universidades. Se não houver, contudo, disponibilidade de dados diários, pode-se empregar valores médios históricos de ETo. Na Tabela 1, são apresentados valores médios mensais de ETo para três regiões produtoras de uvas finas de mesa do Brasil.
Tabela 1. Valores médios mensais (mm/dia) da evapotranspiração de referência (ETo) em diferentes regiões vitícolas do Brasil (1 mm = 1 L/m² = 10.000 L/ha).
MêsJales, SP¹Pirapora, MG²Petrolina, PE³
Janeiro4,65,55,7
Fevereiro4,45,45,7
Março4,25,15,2
Abril3,54,65,1
Maio2,94,04,8
Junho2,93,84,6
Julho3,33,94,9
Agosto4,24,75,7
Setembro4,45,36,3
Outubro4,75,66,7
Novembro4,85,56,6
Dezembro4,75,35,9
Fonte: ¹Embrapa Uva e Vinho; ²Inmet; ³Embrapa Semi-Árido.
A partir do valor de ETo determina-se a ETc, multiplicando-se a ETo pelo coeficiente da cultura (Kc). O valor de Kc é função da variedade, do local, das condições de manejo e do estádio de desenvolvimento da planta, sendo determinado por meio de pesquisas na região desejada. De uma forma geral, o Kc varia entre 0,50 e 1,00, conforme o estádio de desenvolvimento da cultura, assumindo um valor médio de 0,75. Para uma ETo, por exemplo, igual a 4,8 mm/dia e um Kc igual a 0,75 a ETc será igual a 3,6 mm/dia (4,8 mm/dia x 0,75).
O método mais prático para se realizar o manejo é pela evapotranspiração acumulada (ETca), que representa a soma dos valores da ETc diária entre duas irrigações. O valor limite de ETca dependerá, principalmente, do tipo de solo e do sistema de irrigação empregado, variando normalmente entre 10 mm e 30 mm. A precipitação ocorrida no período deve ser descontada do valor de ETca, conforme exemplo apresentado na Tabela 10, onde se considera um valor de ETca igual a 20 mm.
Tabela 2. Valores médios mensais (mm/dia) da evapotranspiração de referência (ETo) em diferentes regiões vitícolas do Brasil (1 mm = 1 L/m² = 10.000 L/ha).
DIAETo
(mm)
Kc
(mm)
ETc
(mm)
PETca
(mm)
I
(mm)
13,10,752,32,3
24,20,753,15,4
(2,3 + 3,1)
35,00,753,79,1
(5,4 + 3,7)
45,10,753,812,9
(9,1 + 3,8)
54,60,753,49,3
(12,9 + 3,4 - 7,0)
65,10,753,813,1
(9,3 + 3,8)
74,80,753,616,7
(13,1 + 3,6)
84,70,753,520,2
(16,7 + 3,5)
20,2
94,50,753,43,4
104,70,753,56,9
(3,4 + 3,5)
P = precipitação pluvial; LI = lâmina de irrigação; ETo = evapotranspiração de referência; Kc = coeficiente da cultura; ETc = evapotranspiração da cultura (ETc = ETo x Kc); ETca = evapotranspiração acumulada.
Para saber se os critérios adotados no manejo estão adequados (Kc, turno de rega), deve-se monitorar a umidade do solo, empregando-se aparelhos denominados tensiômetros, que consistem em uma cápsula de porcelana porosa fixada a um tubo de PVC com tampa onde é colocada água (Figura 6). O tubo é inserido no solo com a cápsula posicionada na profundidade desejada. Quanto mais seco o solo mais a cápsula perderá água e maior será a tensão registrada no vacuômetro. Deve-se repor, periodicamente, a água no tubo de PVC, evitando a formação de bolhas de ar, o que prejudica a leitura do aparelho. A altura da coluna de água dentro do tensiômetro deve ser descontada da leitura observada. Se o tensiômetro apresentar, por exemplo, uma leitura de 22 kPa e um comprimento de 0,5 m, representando 5 kPa (10 kPa = 1,0 m de coluna de água = 0,1 atm = 0,1 bar), a tensão real será de 17 kPa (22 kPa - 5 kPa).
Figura 6. Tensiômetro com vacuômetro para medir a tensão da água no solo. (Fonte: Silveira & Stone (1994)
Recomenda-se que a tensão máxima da água do solo na região das raízes da videira deve ser inferior a 20 kPa. Como a maior parte das raízes se concentra até, aproximadamente, 40 cm a 60 cm, os tensiômetros devem ser instalados para que as cápsulas fiquem entre 20 cm e 30 cm de profundidade. Deve-se instalar, também, tensiômetros em uma profundidade abaixo das raízes, para controlar as perdas por drenagem profunda. Em uma área de 1,0 ha, deve-se instalar, pelo menos, três tensiômetros na região radicular e três abaixo das raízes, totalizando seis aparelhos na área. Os tensiômetros devem ser instalados a ¼ da distância entre plantas. Se o espaçamento entre plantas for, por exemplo, igual a 2,0 m, os tensiômetros devem ser instalados a 0,5 m das plantas, que devem ser representativas da área cultivada.
Muitos produtores costumam avaliar a umidade do solo apenas na sua superfície, o que é um erro, uma vez que ela seca alguns dias após a irrigação, ajudando a reduzir as perdas por evaporação. Deve-se ressaltar assim que, quando a superfície seca, é comum que a região mais profunda do solo onde estão as raízes permaneça ainda com um alto teor de umidade.
A fertirrigação é a aplicação de fertilizantes através da água de irrigação. As principais vantagens desse método são a economia de mão-de-obra; a aplicação dos nutrientes na mesma área em que está sendo aplicada a água, aumentando a disponibilidade para a cultura; e a possibilidade de aumentar a freqüência de aplicação de fertilizantes, aumentando a sua eficiência e reduzindo as perdas.
Os equipamentos mais empregados para a injeção de fertilizantes são as bombas injetoras que succionam a solução fertilizante do reservatório e a injetam na tubulação sob pressão; o tanque injetor, onde a solução fica armazenada em um recipiente fechado (o tanque) e parte da água de irrigação é derivada para dentro desse recipiente, retornando posteriormente à tubulação junto com os fertilizantes; e o injetor do tipo Venturi que causa um estrangulamento na linha de irrigação, proporcionando uma sucção do fertilizante que está em um reservatório conectado ao Venturi. As bombas injetoras e o Venturi aplicam os fertilizantes a uma taxa constante de concentração. No tanque injetor, por outro lado, a concentração é alta no início e vai se reduzindo aos poucos com a aplicação.
Não se deve injetar os fertilizantes no início da aplicação de água, aguardando-se para que o sistema entre em equilíbrio hidráulico. Deve-se, assim, iniciar a aplicação de adubos após ter passado 25% do tempo de irrigação (TI), devendo-se cessar a injeção quando faltar cerca de 25% do TI, para poder-se lavar a tubulação e permitir que os fertilizantes se infiltrem no solo. Se o tempo de irrigação for, por exemplo, de quatro horas, deve-se iniciar a injeção de fertilizantes após uma hora e terminá-la após duas horas, deixando uma hora para lavagem da tubulação.
A época e a freqüência de aplicação dos fertilizantes vão depender da curva de absorção de nutrientes da planta, do sistema de irrigação utilizado e do manejo da irrigação. A fertirrigação pode ser diária com doses reduzidas dos produtos, por exemplo, em sistemas por gotejamento, por exemplo. O mais comum, entretanto, é realizar a fertirrigação com um intervalo maior, principalmente em sistemas de aspersão e microaspersão
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